segunda-feira, novembro 01, 2004

Portugal sinónimo de Inveja

Cada vez entendo melhor porque o nosso país, não consegue evoluir e desenvolver-se como os outros.
Vejamos a situação ocorrida com Durão Barroso. Foi apoiado pela grande maioria dos países da UE para presidir à Comissão Europeia, o cargo de maior relevo na Europa. Num país normal, todos estariam mobilizados no apoio de um nacional num cargo desta importância, em Portugal além de ninguém o apoiar, estão todos desejosos, como abutres, que a comissão liderada por ele, seja chumbada na votação do Parlamento Europeu. Infelizmente a inveja, a mesquinhez e pequenez, reina no nosso país. Será possível não entenderem o quanto seria vantajoso para Portugal, ter um português neste cargo europeu? Custa entender isto? Não percebem as oportunidades que surgiram, de maior de influência política de Portugal na Europa, os lobbies que irão ser criados, os portugueses que poderão ir para outros algos cargos nas instituições europeias, do maior poder negocial que o nosso país iria beneficiar...
Enfim, num país de invejosos a luta partidária, é colocada à frente dos interesses nacionais, assim é díficil o nosso desenvolvimento.

10 comentários:

Anónimo disse...

Só para recordar que António Costa (Vice- Presidente do PE) declarou que votou em Durão Barroso e lamenta "por isso, a dificuldade em que nos encontramos para investir a comissão que nos propõe."

Mas afinal de onde vem a inveja?!?
Falamos de figuras que em plena sede da UE, fizeram tudo para dar uma boa imagem de Portugal, começando por defender a tese de uma gestão danosa dos dinheiros comunitários, acusando o governo socialista do próprio país.
Foi, sem dúvida, um discurso digno e patriótico.
Enfim, o que podemos esperar do homem que como Primeiro Ministro de Portugal se junta com Aznar e critíca abertamente o chefe de estado português, e em castelhano.

DSF disse...

Alguém deve estar a esquecer-se dos comentários dos dirigentes do Bloco de Esquerda, do PCP e de algumas figurinhas do PS... Lá porque António Guterres foi cobarde e não avançou para uma candidatura à Comissão Europeia em 1999, não significa que todos tenham que seguir o mesmo caminho...

Anónimo disse...

A Ordem dos Advogados aconselha:
"que os advogados se não mostrem tão seguros de si mesmos e não pretendam saber mais do que todos os outros"

Anónimo disse...

Acho que não vale a pena entramos em demagogia barata. Se Durão Barroso criticou o governo anterior na Europa foi para passar uma imagem de credibilidadde do país. Como sabem a imagem de Portugal era péssiam nessa altura, infelizmente com os exemplos do gaverno anterior de gestão danosa, não cumprimento de acordos comunitários como o PEC, e muitos outros, era difícil alguém acreditar e confiar no nosso país. Durão teve o grande mérito de Credibilizar Portugal, será que os esquerdalhas sabem o esta palavra quer dizer?

Anónimo disse...

Não podemos apoiar tudo e todos, temos que acima de tudo ter consciência a quem damos o nosso voto de confiança.
A minha dúvida é se será José Manuel Durão Barroso o Homem certo, no local certo, à hora certa.
Está mais do que claro que já começou com o pé esquerdo. A hipótese bem real de um chumbo histórico no P.E., levou Durão Barroso a pedir o adiamento da votação, esperamos nós que seja para ponderar e organizar com mais atenção os nomes da sua equipa de comissários. “ Conclui que, se for realizada a votação, o resultado não será positivo…nestas circunstâncias decidi não apresentar uma nova comissão à vossa aprovação hoje”. De qualquer forma, paira sobre a sua cabeça a ameaça de uma reprovação inédita em Estrasburgo.
Sem o mínimo de bom senso Durão apelou aos representantes eleitos, “Esta comissão é digna da vossa confiança e merece o vosso apoio. Faço um apelo ao vosso sentido de responsabilidade”. Mas que responsabilidade? Seria responsável aprovar uma comissão composta por elementos como o Democrata-Cristão Rocco Bottiglione (amississimo de João Paulo II) que desencadeou a fúria ao declarar numa audição parlamentar que a “homossexualidade é um pecado” e, o casamento “existe para permitir às mulheres terem filhos e serem protegidas por um homem”.
E é claro que, de imediato, Durão Barroso saiu em sua defesa. Outra coisa não seria de esperar ao tratar-se de uma escolha do Sr. Sílvio Berlusconi.
Podemos falar, ainda, de Ingrit Udre, Comissária Europeia indigitada para a Fiscalidade Indirecta e União Alfandegária, um dos nomes mais contestados no P.E. pelos Conservadores e Socialistas. Ou de Neelie Kroes na tutela da Concorrência pessoa bem relacionada e ligada ao mundo dos negócios o que levanta a questão de um eventual conflito de interesses.
É lógico que a escolha dos comissários deve comportar uma certa equidade de interesses e, consequentemente, existirem personalidades dos diferentes quadrantes políticos e económicos.
Sobretudo, o que salta à vista é a necessidade de Durão em agradar a um certo pólo entendido como maioria.
Outro grande receio dos eurodeputados do P.E. está na forte suspeita da criação de “Super-Comissários” em pelouros como a Economia e Finanças, possivelmente atribuídos a países como o Reino Unido, Alemanha ou França.
Em suma, não acredito que todo este jogo de interesses seja positivo para a imagem de Portugal, nem muito menos para as instituições europeias. Sem dúvida, esta derrota veio acentuar a crise já presente no seio da U.E., em que o próprio presidente indigitado reconhece que a possível rejeição do seu executivo seria “um mau momento para a Europa”.
Por tudo isto, concluo que, sim devemos apoiar todos e quaisquer representantes do nosso país (independentemente do partido político a que pertencem) mas, desde que este não mostre ser um verdadeiro fantoche nas mãos de interesses políticos e económicos.

DSF disse...

O que seria deste país sem advogados... aconselho uma leitura do livro "Introdução ao Estudo do Direito", do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, para se aperceberem da importância desses seres odiados mas vitais numa sociedade...

Anónimo disse...

Concordo. Com toda a certeza são "um mal necessário". Seguirei o seu conselho de leitura mas siga o meu também, aceite as criticas construtivas, pois não me recordo de escrever seja o que for contra a advocacia.

DSF disse...

Sempre que se falasse de advogados, devia ser obrigatório tirar-se uma licenciatura em Direito, visto que este "mal necessário" está claramente acima de todos os comuns mortais... comecemos pois pela minha sugestão de leitura.

Anónimo disse...

Tal como já antes referi, seguirei pois a vossa sugestão. Mas não se esqueça V/Exª, que o Direito sem os simples mortais do resto dos cidadãos não serve de muito.

DSF disse...

O que dizer então das outras pseudo ciências sociais...