segunda-feira, janeiro 10, 2005

A "SOVIETIZAÇÃO" DO ESTADO

O caso que está a agitar (mais uma vez...) O Governo e o seu maior partido, é a suspeita que Nuno Morais Sarmento foi a S. Tomé e Príncipe "à pala", no Falcon do Governo, para assinar um protocolo entre a RTP e a Televisão de S. Tomé, e que no entanto foi um dia antes do que devia ter ido, para passar umas pequenas férias, à custa de todos os portugueses. No mínimo é muito estranho os contornos deste caso.

Este é mais um dos múltiplos episódios que temos vindo a assistir de suspeitas de abusos dos cargos públicos para fins meramente pessoais (pode-se falar nos casos Armando Vara e a sua Fundação para a Prevenção e Segurança; no caso Mariano Gago, nas suas viagens de Falcon para Paris com a sua família; Adelino Ferreira Torres, que até foi condenado judicialmente; o caso dos deputados da AR que foram à final da Taça UEFA à borla e sem justificação de faltas; O ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz, que tentou por a "cunha" para a sua filha entrar em Medicina; Mário Soares nas ilhas Seyscelles; entre muitos outros).

Infelizmente para todos nós, comuns cidadãos, estas são situações que não têm deixado de acontecer. E tudo isto decorre de um "mal", em minha opinião necessário, a que nós estamos sujeitos: só os Partidos Políticos têm direito a irem a votos nas principais e mais importantes eleições do país, as legislativas (artigo 151º nº1 da Constituição).
Acho importante que sejam os Partidos Políticos a serem responsáveis por poderem ser um dia Governo, porque são estruturas organizadas, que englobam muito e boa gente, com grandes capacidades, mas no entanjto, e pelo que temos verificado, têm caído na tentação de usar e abusar, quando são Poder, dos cargos que ocupam. Em vez de servirem o povo, servem-se deste.

Assistimos a sempre que há alternância política ( o que é desejável, de tempos a tempos), á triste realidade da dança de cadeiras, á nomeação de "boys" para cargos públicos, muitos deles sem qualquer qualificação e substituindo pessoas de grande capacidade e devoção à causa pública, o que faz com que de facto olhemos para o Estado como uma máquina sugadora dos recursos do país, e tudo isso para que alguns se safem à custa de quem trabalha.
Não julgo que seja incorrecto que haja substituições em cargos que sejam de grande e imprescindível confiança política e até pessoal ( nos EUA sempre que há mudança de Admnistração a nível dos Estados ou da Presidência dos EUA, os próprios elementos das Admnistrações cessantes poem de imediato o sue cargo à disposição), mas no entanto substitui-se só porque não se é do Partido vencedor ou porque é preciso arranjar um lugar "ao amigo", isso é de uma falta de moral e de ética imperdoável, e isso todos nós temos que criticar.

O que se tem vindo a assitir a cada dia que passa é as pessoas só se inscreverem nos Partidos Políticos para arrajarem de futuro "o seu tachinho", e não para poderem contribuir com novas ideas e novos projectos para os respectivos. Nas estruturas locais é o sítio onde se verifica com mais intensidade isso mesmo, com os caciques do costume fazerem de tudo para que se lhes seja também entregue alguma coisa. Basta olharmos para as estruturas das Câmaras Muncipais, em que os seus Presidentes têm cerca de 20 assessores. alguns sem pelouro certo...

Soluções? Um maior aperto e fiscalização, reforma pronfunda dos Partidos Políticos, redução do número de mandatos, maior sistema de incompatiblidades, entre outros...

Senão qualquer dia estamso como a antiga URSS, em qeu só os membros do Partido é que tinah direito a usar e abusar da estrutura Estatal...


quinta-feira, janeiro 06, 2005

A sorte sorri aos Audazes

É de facto com bastante agrado que vejo o Chelsea de Mourinho no ínicio da 2ªvolta do campeonato Inglês com 5 pontos de vantagem sobre o poderoso Arsenal. Dos poucos jogos a que tenho assistido, foi fácil observar que nada é por acaso, o sucesso é sempre fruto de uma planificação e competência dos treinadores.
No inicio da época Mourinho dispensou alguns dos jogadores mais conceituados do clube como por exemplo Veron, Crespo, Jimmy e mais recentemente Mutu, tendo ido buscar jogadores que embora fossem caros não eram futebolisticamente conhecidos como foi o caso de Kezman, Drogba, Robben, Tiago entre outros. Esta estratégia resultou em pleno, Mourinho livrou-se de jogadores pouco motivados, carregados de dinheiro, cheio de vícios que pouco ou nada iriam acrescentar ao clube e soube aproveitar jovens jogadores com muita vontade de ter sucesso, muito motivados e disponíveis para dar o seu melhor, tendo em vista o reconhecimento futebolístico. A juntar a isto a inteligência de Mourinho na gestão do plantel, optando permanentemente em dar oportunidade de jogar aos jogadores teoricamente não titulares. Finalmenete a questão mais técnica de jogo e aqui é fácil também perceber a razão do seu sucesso. É impressionante a pressão que os jogadores do Chelsea exercem sobre os seus adversários, começando por procurar a posse de bola assim que a perdem. Outro aspecto importante é o esclarecimento que os jogadores demonstram ter em campo, facilmente se percebe que cada jogador sabe exactamente qual é a sua missão dentro de campo.
Desta forma é fácil entender porque a sorte sorri aos Audazes.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

ADOREI (OU NÃO...)

O Programa de Governo do Bloco de Esquerda. É de morrer a rir.

Para quem quiser dar umas boas gargalhadas, dirija-se sem falta a esta REVELAÇÃO.

terça-feira, janeiro 04, 2005

O ERRO (GRAVE)

Constituição da República Portuguesa, artigo 195º nº2:

"O Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, ouvido o Conselho de Estado."

Há cerca de 3 semanas, como todos sabemos, o Sr. Presidente da República resolveu dissolver a Assembleia da República, com o fundamento que o País necessitava de estabilidade e de se devolver ao Povo o poder de decisão e de legitimação para que se formasse um novo Governo.

À primeira vista e para o mais comum dos mortais, parecia a mais acertada das decisões a tomar naquela situação: o Governo carecia de alguma legitimidade, todos os dias apareciam novas notícias acerca de escândalos e sobre a desorganização no interior do Governo, o Orçamento de Estado para 2005 era criticado por meio mundo, o Crescimento económico tardava em acelarar, entre outras críticas.

Na minha modesta opinião, esta foi das piores decisões desde que Portugal voltou a ter uma democracia, alcançada com o 25 de Abril.

Jorge Sampaio não foi o Presidente de todos os Portugueses, mas sim o Presidente de todos os seus camaradas.

Eu pergunto-me, não havia maioria absoluta estável na Assembleia da República? Quem garante ao PR que depois destas eleições assim também o será?

A Coligação em algum momento deu sinais de por termo ao seu acordo governativo antes das eleiçoes de 2006?

Houve algum atentado à democracia por parte do Governo? (Para quem ache que casos insignificantes como o que se passou com Marcelo Rebelo de Sousa, etão deve achar.

Pergunto agora ao PR, porque razão não demitiu o Governo guterrista quando escândalos como o do caso Fernando Gomes, o escândalo Armando Vara (ainda hoje estamos por saber onde pára o dinheiro que desapareceu da imprescíndível Fundação para a Prevenção e Segurança), quando todos os indicadores nacionais e internacionais indicavam uma derrapagem nas contas públicas a um nível catastrófico, quando se "compravam" votos em plena Assembleia da República de deputados (leia-se, deputado do queijo limiano).

Não serão também estas, Sr. Presidente da República, situações de atentados contra as instituições democráticas?

Porque razão então, em Dezembro de 2001, após a demissão do então P.Ministro, António Guterres, insistiu para que este continuasse à frente de um Governo "Pantanoso"?

Portugal realmente não é tão cedo que passa da cepa torta. Deve mesmo ser caso único no mundo inteiro em que havendo uma maioria estável e forte na A. República, o PR decide dissolvê-la. Sabem quantos Governos teve Espanha em 30 anos de democracia: 4. Acho que não é preciso dizer muito mais.

É uma vergonha o que se está a passar. E Devemos temer muito pelo futuro do nosso País, enquanto muita coisa não for mudada.

Eu por mim, irei votar porque acho necessário que todos votemos, mas que estas eleições são um erro, lá isso são.



P.S: Não esqueço também que alguma responsabilidade deste problema também cabe a Pedro Santana Lopes, por ter pessoas e indesejáveis consigo e por ter tomado atitudes que nada ajudaram a manter calmo o ambiente político, mas também com todas as pressões que estava a ser alvo, ainda antes de ter tomado posse como Primeiro-Ministro, confesso que era bem difícil fazer muito melhor.